Santa Cruz, Campo Grande e Bangu, confira os momentos desse dia!
O rosto invisibilizado que toma novas cores ao se perceber percebido em meio à multidão. Na ocupação que me cabe, como assistente e responsável pela comunicação virtual do projeto, a experiência com a performance possibilitou sentir como os lugares onde me coloco tem a ver com o modo de reconhecer e habitar esses espaços. Daí a performance se realiza por vertentes diversas de ação: na conversa, no instantâneo fotográfico, na sequência cine-coreográfica, no corpo que dança através das corporeidades do em torno.
Nesse exercício, apreender as qualidades de cada bairro em tonalidades preenchidas por aqueles elementos (pessoas, luminosidades, informações visuais, sonoridades, objetos) que cadenciam os pulsos de cada ambiente, atravessamentos como lugares de intensificação da relação corpo-espaço, fora que se faz com o dentro e o dentro que se faz com o fora.
Sobre o reconhecimento? Lugares que escolhi estar, seja por decisão ou negligência. Assim também a política se exerce no caminho diário, onde oriento minhas ações, dou tempo e percebo a sutileza da poesia no instante ou sou levada pelo que não decido realizar. Dançar a liberdade, então, pode dizer sobre os caminhos possíveis de cruzamento entre existências humanas e, nessa fronteira, já não discernir mais tão claramente o que é da decisão de um e os fluxos tomados pelo encontro com o outro e o ambiente ao redor.
A solidariedade e a tomada de posição que muitos manifestaram durante a passagem pelas ruas do Rio de Janeiro foi algo de profundamente sensível que se deflagrou pelo desejo e manisfestação de alguns dos presentes. Estes ouviram: liberdade, e no segundo seguinte espalharam a novidade, distribuindo os folderes junto comigo!
Isto é sobre liberdade: o que você ainda lembra sobre ela?
